Capacitando mulheres em países em desenvolvimento com inovações no agro
Em países em desenvolvimento, as mulheres carregam os maiores pesos. Literalmente. Elas dão à luz e criam seus filhos, são responsáveis pela casa, sua limpeza e provisões, e vão para os campos para ganhar o sustento diário de suas famílias. No entanto, embora as mulheres representem quase metade da força de trabalho agrícola nesses países, elas tendem a ter menores taxas de propriedade da terra do que os homens, bem como menos acesso a linhas de crédito, mercados e tecnologias, levando-as a ter rendimentos de 20% a 30% menores do que os homens.
É difícil imaginar uma mudança significativa na vida da agricultora, quando seus dias são preenchidos com baldes transbordantes de água do rio para os campos. Os pesquisadores da UC Davis estimam que ela transporte quase 600 litros de água por dia – ainda mais durante as estações mais secas – para cultivar 100 metros quadrados de vegetais ao regar as plantações manualmente. Isso, se houver água disponível para que ela carregue.
Em áreas como Nepal, Índia e África Subsaariana, a chuva costumava ser decisiva para mulheres conseguirem trabalhar nos campos e regar suas plantações. Sem chuva, o dinheiro gasto em sementes, fertilizantes e mão de obra não retornava em nenhum rendimento, empurrando as agricultoras para ainda mais longe do empoderamento econômico.
Mas a introdução de tecnologias de fácil implementação pode mudar drasticamente essa realidade. E adivinha? Isso já está sendo feito em muitos lugares ao redor do mundo.